quinta-feira, maio 24, 2012

:: Lipo no Lucca! ::

Tudo pronto para viagem, mas só tem uma coisa: vou morrer de saudades do Lucca. E se aparecer alguma nova celulite nas pernocas desse foxuxo enquanto eu estiver fora eu LIPO ela!

:: Tudo pronto ::

Tudo pronto para as férias.

(Inclusive a mala entupida com roupas e casacos cuja probabilidade de serem usados será mínima. É um erro clássico, que eu insisto em cometer, mas um dia ainda aprendo a me desapegar de tanta roupa e da ansiedade de querer advinhar e controlar o incontrolável).

Enfim... Essas pequenas férias tem um significado especial na minha vida. Tem um "quê" de positividade e de liberdade que eu não consigo resumir em palavras.

Na verdade estávamos programando a pausa para setembro, quando iríamos assistir ao US Open nos Estados Unidos e assim realizar um grande sonho do maridão.

Mas, como "casamento é um relacionamento a dois onde uma pessoa decide e a outra é o marido" (rs!) eu uma colega conseguimos convencer que grand slam por grand slam Paris seria muito mais interessante do que Nova York.

É ou não é o sonho de toda mulher viver de amor em Paris? (Tá bom, tá bom... Eu dispensaria até Paris para viver só de amor, o trocadilho foi só para criar o clima!)

O imaginário de sonhos já está garantido, mas, como tenho insuficiência renal terminal nada é tão fácil na minha vida. Para uma viagem como essa tenho que mover meus mundos e os inevitáveis fundo$ para garantir a manutenção da terapia fora do meu domicílio.

Dá trabalho, mas eu insisto!

Parte do trabalho fica a cargo do SUS (sim, é o SUS que funciona!) que, através de um convênio com as empresas especializadas em biomedicina, se encarrega de entregar nos hoteis indicados por mim toda a parafernália utilizada na diálise: soluções dialíticas, conjunto de fios, cápsulas desinfectantes, máscaras etc.

(Se eu estivesse fazendo hemodiálise e não diálise peritonial  - num outro momento posso explicar a diferença entre os procedimentos - o SUS, através de convênios, também me daria a opção de frequentar hospitais no exterior para realização do procedimento).

Parte do trabalho fica comigo pois tenho que levar o meu equipamento de diálise (também cedido em comodato pelo SUS) e me adequar as limitações normais do tratamento.
Isso, aliás, é uma coisa que eu faço questão de frisar: a diálise é um fato limitante na minha vida, mas não necessariamente sofrido.
Momentos críticos  acontecem, mas por razões específicas que não vem ao caso. O essencial é que  não é uma constante, tanto que quase ninguém fora do meu círculo familiar e de amizade sabe que eu sou renal. Minha médica vive dizendo que não sabe se isso é bom ou ruim...

Já tive a oportunidade de viajar para o exterior depois que iniciei a terapia e, fora problemas com a calibração das balanças da máquina e um estress desagradável com a companhia aérea, posso dizer tudo correu bem.

Também preciso agir com consciência em relação a medicação, horários, esforço físico e alimentação para que o sonho não vire um pesadelo, pois de aperto em viagem já estou escaldada.

Como disse antes, não é fácil, mas eu insito e conto com o apoio fundamental de pessoas especiais como meus pais, meu maridão lindo, família e amigos sempre positivos na minha vida.





quinta-feira, maio 17, 2012

:: tx ::

Agora é fato: estou oficialmente registrada no cadastro regional de transplante por São Paulo.

terça-feira, maio 15, 2012

:: Sampa ::

Então vamos para Sampa curar uma ressaca de decepção e torcer por uma aurora de esperança.

:: expectativa ::

Milhas adquiridas e ingressos comprados!
Agora é torcer por um jogasso com Nadal, Federer, ou Jokovich (sonhooooo!) e depois pedir concordata no mercado para pagar a conta do cartão de crédito.
Como diria o grande Millor, o dinheiro não traz felicidade, mas permite que você seja infeliz em Paris!

segunda-feira, maio 14, 2012

:: derrota ::

Eu, que disse que nunca ficaria na frente do marido de toalha na cabeça, cá estou: de toalha, óculos fundo de garrafa, camisola surrada e vendo novela. Derrota records.

:: King Kong de Uberlândia ::

Se eu fosse empresária do Alexandre Pires relançaria KONG em versão off white ou animal print.
Ia ser o máximo ver o Ministério da Igualdade Racial defendendo uma relação igualitária entre preto-branco-preto-branco no look zebrado do King Kong de Uberlândia:
Neymar sairia no Fantástico fazendo a coreografia de "black and white" dizendo que a inspiração para o vídeo clipe veio de Michael Jackson;  
Mr Catra seria convocado a depor em uma CPI para investigar a autenciticidade de uma carta psicografada a fim de esclarcer, de uma vez por todas, se Michael Jackson era ou não um picolé de mini saia, afinal de "biologia humana" o Mr Catra entende;
Collor de Mello, finalmente, conseguiria fechar a revista Veja, pois ela sabia de tudo;
Carlinhos Cachoeira era a fonte.

Ironias à parte, seria muita hipocrisia ignorar o fato de que "macaco" sempre foi um estereótipo usado na prática do racismo contra negro. E eu defendo  que uma ofensa dessa ordem seja combatida e punida (se for o caso) mas desde que ela ocorra - princípio básico né?

Essa nova relação que permite que o outro enxergue em mim tantas inadequações perante o que seria politicamente correto está ficando cada vez mais invasiva.


segunda-feira, maio 07, 2012

:: recomeço ::

Queria ter a chance de recomeçar a minha vida no mundo virtual.

Primeiro com um e-mail novo, quase que secreto. Um e-mail que servisse aos meus propósitos e das pessoas com quem eu realmente preciso e gosto de me comunicar. O meu e-mail atual tem se revelado uma fonte inesgotável de.... cansaço. São tantos anúncios, tantas promoções, tantos convites e tantas facilidades - assim colocadas - pelo meu Banco, pelas empresas de cartão de crédito, companhia aérea, e pelas redes sociais (essas merecem um parágrafo a parte) que, entre um spam e outro, e completamente levada pelo fluxo, começo a realizar que mereço saber de tudo mesmo.

Tudo, todos e a todo tempo. É uma quase-loucura que eu devo ter feito por onde para merecer... ou não fiz? Estranho como a gente parece ter perdido o direito básico de decidir se aquela informação é ou não relevante para a nossa vida, ou se, pelo menos, é do nosso desejo ir até ela. Alguém já decidiu isso por mim e eu é que não vou me dar o trabalho de pedir a essas gentis pessoas e a essas gentis empresas que parem de me enviar tanto lixo. E quanto a mim, vencida pelo cansaço, nem faço questão de contestar. Brigar pelo direito hoje em dia dá muito trabalho.

E o facebook, então? Estava aqui pensando que a adesão a esta rede social hoje em dia é uma atitude kamikaze. Um erro que vai contigo para além dos 7 palmos do caixão. Exagero? Eu não acho... Tente se deletar, fazer uma faxina "espiritual" na sua rede de contatos e voltar depois para ver se o feitiço não volta contra o feitiçeiro. É pior do que macumba, pior do que corega ou grude de quebra-queixo!

No começo a gente acha legalzinho quando aquele colega de longa data te envia uma solicitação de amizade ou quando aquele simpático amigo do amigo do seu amigo com quem você saiu para jantar te adiciona. Você também acha legal curtir, e curte. Compartilhar fotos da sua última viagem e dos momentos felizes de alguma comemoração também. Mas aí você realiza que o barato é compartilhar essas informações com no máximo 20 pessoas, aquelas mais interessantes da sua lista. Realiza, tardiamente, que o único responsável pela sua privacidade é você mesmo e que com a velocidade que as coisas estão acontecendo e se firmando na internet, ninguém consegue passar desapercebido ou percebido apenas por um grupo de 20 pessoas.

Em todo caso, reativar o blog traz de volta essa ilusão perigosa a minha vida.

:: anta! ::

Sou uma anta digital mesmo, deletei 6 anos de postagens e o layout do blog.